terça-feira, 20 de setembro de 2011

A BARBA (DELE)







































Ele chega e ela vem
Se aproxima como um ímã
Em um instante faz assim:
Roça-roça-que-roça-em-mim

Espetada e faz cosquinha
Espevitada e faz gracinha
Desliza pelo pescoço
Arrepio até o osso
Gentilmente me provoca
Sutilmente me convoca
A roçar nela assim:
Roça-roça-que-roça-em-mim

Gargalhada alta
Geladinho na barriga
Ela grande-enorme abriga
O ai-ai que há em mim

Bagunçada sôfrega
De pirraça se esfrega
A fala nega
Mas o impulso não
A voz sai entre os dentes
Sussurrando hálito quente
Pede, lânguida, assim:
Roça-roça-que-roça-em-mim


por Bárbara Caldeira

Nenhum comentário:

Postar um comentário