sexta-feira, 23 de setembro de 2011

AURORA POENTE DO MEU AGORA

























Matutina, descortina o que há ao redor
Parede sedenta por calor e luz
Se faz do bem, arfando conduz
Oscila entre as cores de então

Digladia com o vento e assopra o coração
Esfarela de saudade: oculta em agonia
Cada aresta nefasta e sombria
Esfola e fere de prontidão

Engole seco e mareja os olhos
Trava a dor e faz doce-de-espera
Deglute o vazio que  venera
Mastiga o que está por vir

Vê, lambe e absorve
Chicoteia parcas alegrias
Deita no sol que se abria
Passa a amar o depois


por Bárbara Caldeira

Nenhum comentário:

Postar um comentário